“Migalhas”, por António Lobo Antunes

Dos textos mais hipnotizantes que já tive o prazer de ler. Ousa tocar a perfeição, não deveria ser permitido, trata-nos por tu e faz-nos passar por um bando de iletrados e ignorantes, que desconhecem a tão enigmática e alternativa perspectiva do mundo.

“O que me atrai nos brincos não é as mulheres terem-nos, é o momento em que os prendem na orelha, de queixo esticado e olhos vazios. A mesma expressão, aliás, ao procurarem as chaves na carteira. Parece que se ausentam. Depois voltam a estar ali ao rodarem a fechadura.”

De perder a respiração, gelei ao ler. Uma coisa comum, do dia-a-dia, posta de uma forma tão profunda, que nos torna vazios, vista por uns olhos que observam para lá do óbvio, uma imaginação que tanto tem de fértil como de realista, mais uma vez, a perfeição a actuar.

Os pequenos fragmentos de texto, memórias distantes, ligadas por um mísero ponto, que se unem e dispersam, como migalhas. Um texto cansado, farto do mesmo, palavras que correm, fogem para o passado mais rápido do que regressam ao presente.
Um texto independente, que pede uma mão.

Aconselho, está de se comer à colherada.

Friends will be friends

A Bela e o João

Curta ou longa, a data não importa
Só o peso da amizade e a relação que esta suporta
Belinha e João, muito têm de "furar",
Pois esta peste não é fácil de ser dar

Falando contigo, Belinha bonita
Não me mandes calar, que já me irrita
Não falo ao Carlão, larga a dentinho
Temos ali uma mesa, isolada ao cantinho

Pára de ser, um anjo social
Não tens de ser mãe, desse pessoal
Basta ficares, um pouco mais
Deixa o Titi, dar aos pedais

Chega-te para cá, toma lá uma beijoca
Olha que são raras e hoje é a ti que te toca

Agora o homem, que é o João
Agora deu nisto, acha-se um machão
Lá por ter um carro azul, género familiar
Pensa que pode andar a vadiar

Um homem da noite, ninguém o desmente
Vi-o no Trumps todo contente
Usava um brinco, que era de mola
Agora é doido, passou-se da tola

A tal Mariana, de quem sois amigo
É doida varrida, vou ver se consigo
Tudo isto porquê? Simples, vos digo
Amigos de quem? Mais vale de um mendigo

Tenho de admitir, que têm coragem
Aturar "aquilo", é preciso dosagem
Assim agradeço, a enorme mentira
Que em verso me tranformou,
Até numa tipa gira

Mariana...outra vez

Mariana

Mariana, catita
Garota bonita
De belo rosto
É pena que irrita

Tem dois lábios
Um não se vê
Mas tem muitos machos
À sua mercê



Nunca lhe toques
Pois ela é má
Odeia o contacto
E diz "chega-te p'ra lá"

Apetece esganá-la
Atirá-la ao chão
Roubar-lhe o carro
Isto é que é paixão!

Dá-lhe mari
Com toda a força!
Bem lá no fundo
És boa moça.

Por, JGP

Mariana

Mariana

Caminha feliz sobre as suas colinas,
Os pulos caracterizam o seu andar,
Os seus cabelos nutridos,
O seu olhar.

Óculos Ray Ban sobre o louro,
Ténis All Star,
Calça rota,
Cabeça no ar.

Tropeça na rebeldia,
Encontra um caminho para a felicidade,
Ao longo de todo o dia,
Tenta vaiar a beldade.



Critica, refila, tenta ser imparcial,
Mas no fundo…
É um ser sentimental.

Quando vejo alguém assim,
Só me lembro de ti,
Mariana.

Por, Belinha

And the Oscar goes to...Chá dos Bandidos

É verdade, as urnas encerraram e está eleito o vencedor do concurso "Um Blog para a Belinha". Para quem não sabe, Bélix aka Belinha aka Bela aka (entre outros), procurava algo novo e refrescante para decorar a sua animada vida. É então que decide pôr termo ao seu recém-nascido ex-Blog e adopta um novo.

O seu nome era incerto, daí termos recorrido a uma votação intensa (na duração de 5 dias, se tanto), mas a criança foi esta noite untada com água benta e está aí pronta para as curvas, que é como quem diz "já nas bancas", "num cinema perto de si", "à venda nos postos aderentes", "edição limitada ao stock existente" e por fim "chadosbandidos.blogspot.com".

Pablo Fuster ao poder

Piropos plagiados

Recentemente deparei-me com uma situação de plágio, facto que não me incomoda minimamente, quando não me "toca". Pois desta vez, o alvo de plágio fui eu.
No meu post "Best Of Piropos 2008" fiz uma pesquisa, digamos que aprofundada, pelo mundo dos piropos e escolhi os que mais engraçados, deixando para trás alguns, tentei não por uma lista interminável de frases de engate fácil. Tive também o cuidado de não os enfiar, literalmente, no Blog, dando-lhes um toque sensível e, talvez, cómico. Quero com isto dizer que os nomeei e até ficaram mais decentes e menos vulgares, camuflando qualquer situação de imitação.
Uns dias depois, um conhecido anuncia orgulhosamente: "Copiei uma coisa do teu Blog, obrigado e desculpa".
Nem perdi tempo a ver o que seria, “ninguém tem um Blog para copiar coisas e pôr, como sendo da sua autoria”, pensei. Enganei-me.
Não estou a "reclamar" os piropos, não os inventei, o que me chocou foi a falta de sensibilidade do plagiador, ao fazer uma cópia integral dos piropos (a pequena introdução que fiz a cada um).
Estive tentada a alterar o meu post e dar outros nomes aos ditos piropos, mas achei irrelevante e portanto um post explicativo era o mais correcto.
Tenho a dizer que, para além do plágio integral, fez uma introdução ao post muito semelhante à minha, o que me irritou ainda mais. O que conta é a qualidade geral do Blog e, tendo em conta os dois em questão, o meu não se sente ameaçado, apenas irritado.

FLY LONDON VS PABLO FUSTER

Com a chegada do Verão surge...a nova colecção! Uma das melhores coisas desta estação são, como é óbvio, os sapatos. As cores, formas, texturas e alturas variadas deixam qualquer "fã" completamente doida/o.
Apesar do mau tempo, as sandálias já enfeitam as montras e as indecisões começam a tomar conta de todos.
Para já tenho dois pares de eleição. Fly London VS Pablo Fuster. O problema é que as colecções de Verão ainda não estão "oficialmente" disponíveis online, mal consiga arranjar uma imagem de cada, dou a conhecer ao mundo aquelas obras de arte.
O ideal era fazer uma angariação de fundos, qualquer coisa que me ajudasse a não ter de optar por um par. Vamos ver o que o futuro me reserva.

Ouvir e Repetir I

O meu, mais recente, vício

Terrakota, "É Verdade"


Jamaram, "Hey Now Girl"


(agradeço a uma grande amiga, que me deu a conhecer Jamaram. À NOSSA BELINHA!)

Best Of Piropos 2008

Piropo, um galanteio, um elogio ou algo completamente descabido. Toda a gente já ouviu falar dos míticos "piropos", normalmente andam par-a-par com o homem das obras e no ouvido das moças jeitosas. O que vale é que há um para cada género, os mais sentimentais, os directos, etc. Achei por bem, fazer um "Best Of Piropos 2008":

1. Os educados: Mas que bonitas pernas! A que horas se abrem?
2. Os da geração TLM: Usas cuecas TMN? É que tens um rabinho que é um mimo!
3. Os Chefs: Ó febra, junta-te aqui à brasa!
4. Os desastrados: Oh boneca, se fosses de porcelana, partia-te toda!
5. Os militares: Foste à tropa? É que já marchavas!
6. Os engraçados: És como um helicóptero...Gira, gira, gira e boa!
7. Os preocupados: O teu pai deve ser Terrorista...És cá uma bomba!
8. Os poetas: Ó morcona, comia-te o sufixo!
9. Os materialistas: Ó jóia, anda cá ao ourives!
10. Os advogados: Se beleza desse cadeia apanharias prisão perpétua!

Somos o que ouvimos

Hoje aprendi uma lição, somos o que ouvimos…mas antes de nascer. Segundo o que absorvi hoje, de uma prolongada aula sobre qualquer coisa que não cheguei a entender, mas julgo ter sido uma breve (2h) apresentação do docente que vai leccionar uma das cadeiras do curso de Jornalismo, é fundamental a audição do bebé, antes de nascer. Por sua vez, a visão não é tão importante, citando o docente “não temos um capacete de mineiro dentro da barriga da mãe, mas ouvimos (…) até há um vídeo de um bebé a fazer uma careta quando a mãe como algo que não lhe agrada”.
Isto foi o que absorvi da aula em si, mas a lição que aprendi foi-me cedida por uma jovem mãe que interrompeu a teoria do dito docente com a seguinte afirmação, “eu sou mãe e sei disso. A minha filha, antes de nascer, ouvia uma certa música e agora quando ponho essa mesma música, ela fica mais calma”. Deduzo que a criança em questão goste da tal música, daí dizer que somos o que ouvimos.
Agora outra coisa, que me deixa realmente preocupada, se por acaso nos põem a ouvir música Pimba antes de nascermos, não há volta a dar? “Ela está tão triste, o que vamos fazer? Ah, põe aqui Tony Carreira que ela arrebita”.
Estou mais uma vez confusa, pior, estou preocupada. Será por isso que vibro quando oiço o melodioso timbre do grande Quim Barreiros a ecoar-me na cabeça?!

Aqui vou eu para...as aulas?!

Podia fazer deste post, um “texto lento”. Tendo em conta que vou falar de um sítio com mar calmo e de um verde tão profundo, que ousaria dizer que é feito de esmeraldas, uma areia tão fina e branca que se escapa por entre os meus dedos, como se fosse vento, uma leva brisa que sussurra no meu ouvido palavras inimagináveis, uma melodia tão perfeita que nem as aves que por lá passam conseguem igualar, o Sol, essa estrela altiva que tinha coragem de brilhar, mesmo que a lua já marcasse presença naquele que era o final de tarde digno de uma pintura.

Bom, isto foi uma descrição à la Berta.

A meu ver é, o mar, a toalha, os amigos, o lugar à sombra, para o carro, a temperatura certa, o regresso a casa sem trânsito e para finalizar, uma jantarada.
Com o inicio do 2º semestre vem o calor, o bom tempo, a ânsia pelo bronze perfeito, o corpo ao sol e a Super Bock para matar a sede. Visto que os horários da tarde impossibilitam que tal desejo se torne real, temos de arranja alternativas. A mais óbvia, única, e provável, é faltar às ditas aulas. Se o 1º semestre é o “deixa andar, que no 2º faço tudo” e o 2º é “faço em Setembro, que agora há praia”, então…estou confusa.

Ray-Ban

Aviator e Wayfarer. Os dois modelos de óculos mais imitados a nível mundial, o responsável…a famosa marca de Eye-wear, Ray-Ban. Foi através destes modelos, que superaram o teste do tempo, tornando-se intemporais, peças vintage e artigos indispensáveis de moda, que a marca ganhou uma tão alargada projecção mundial. Factos fundamentais foram a sua “participação” em filmes de sucesso e a adesão das estrelas de Hollywood, como Jack Nickolson e Tom Cruise, à “moda” dos Ray-Ban.